venres, 10 de decembro de 2021

Mercado-Estado-Bem Comum e Infojobs.

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"Yolanda, si quieres hacer un InfoJobs, nosotros sabemos cómo y el nuestro funciona. ¿Hablamos?"

Pois si, este twitt de Infojobs está a dar que falar.

Para quem não o saiba, Infojobs é um portal privado de busca de emprego. Que também tem o seu aquele, que para buscar emprego haja que pagar (a opção premiums ou, senão, sofrer a publicidade, ceder dados próprios…). É propriedade do Grupo Adevinta1 através de sua subsidiária na Espanha, Anuntis-Segundamano, também proprietária de outros sites de anúncios classificados como Fotocasa, habitaclia, coches.net, motos.net e Milanuncios..

Não lhe vai mal, como nos contam eles mesmos, especialmente grazas aos canais premiuns e à publicidade: “Adevinta Spain fatura 47 milhões de euros no terceiro trimestre do ano e melhora os resultados de antes da pandemia” diz-nos na sua página”2

Mas entendo que não é de negócios do que quer falar infojobs com Yolanda (leia-se com o Estado). Ou si, porque a pergunta é precisamente ¿Que vai pintar um canal privado de busca de emprego quando exista um público?

Ou doutro jeito: Que passou com as enciclopédias privadas quando apareceu a wikipedia-galipedia? Neste caso havia duas formas de gestionar o conhecimento (que, lembremos, é um Bem Comum), uma privada via mercado (leia-se Enciclopédia britânica, Larousse, etc) e outra via gestão desse bem comum diretamente pola sociedade organizada. Ganhou a mais eficiente, eficaz e efetiva.

Nestes tempos o mercado tem acaparado muito. Demais. Hai-lhe que devolver o seu protagosnismo às outras formas de gestão das necessidades humanas. Por que esses serviços tenhem que ser feitos por empresas que fam negocio quando podem ser serviços prestados por organizações do Bem comum diretamente ou via administrações públicas?

Imaginemos: Wikipédia gestionada como Bem Comum, Portal de Emprego gestionada polo estado…. Buscadores, Redes Sociais, “Amazóns” (de base local, nacional, estatal, europeia…) Spotifys... gestionados desde o público e não desde o negoçio.

Uma boa iniciativa do governo, ainda que, como todas as iniciativas importantes vai custar esforço e tempo leva-la a bom fim.

Porque estas iniciativas tampouco se fam da noite a manhã.

Resume: Sociedade Organizada ou Estado a favor do Comum contra o Benefício a toda costa.

Noutras palavras, o Bem Comum contra o Mercado.

Como os cientistas sul-africanos de que falei no post anterior3

Como as Empresas de Energia Municipais que espero comentar no próximo.

domingo, 5 de decembro de 2021

Bens Comuns e castigo à “vigilância genómica” científica.

 

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       Foto: ©Helena Robledo Muíña/2021

Parto da existência de quatro formas clássicas de enfrentar as "Necessidades" nas sociedades humanas.

-Os Mercados, a través da “livre competência”,

-Os Estados (ou administrações), a través do poder,

-As Famílias, a través dos cuidados e a reprodução

-A Gestão dos bens comuns, a través da organização e a regulamentação.

Neste momento existe uma "Necessidade", o combate a pandemia da Covid-19. Nesse combate manifestam-se três desses enfoques. Os Mercados (como Pfeizer e Moderna) os Estados (como a Imposição de medidas sanitárias) e a Gestão dos bens comuns (como os científicos organizados para compartir os seus conhecimentos).

No artigo que reproduzo não se fala exatamente disto, mas si se fala de que “a pandemia destacou que somos uma única comunidade mundial e a nossa resposta política deve refletir essa realidade”. Esse é o Bem comum a defender, a saúde, mediante a loita contra da pandemia desde uma única comunidade mundial.

No artigo si se fala da forma em que os científicos estão a organizar-se para defender esse Bem comum, a “vigilância genómica” mediante “um alto nível de cooperação entre científicos, seguindo protocolos de laboratório padronizados e usando software e bancos de dados compatíveis” em tempo o mais rápido possível, o que se tem que fazer muitas vezes fora do horário de trabalho.

E como se diz no artigo: “Seria um desastre se a resposta global a esta ciência heroicamente aberta recompensasse a bravura com o isolamento”. Se o Estado só pensasse no seu próprio beneficio (mais bem no das persoas que o representam) e não no melhor para todos.

E com os mercados, engado eu, pensando também só nos seus benefícios, uns benefícios que se aproveitam descaradamente das nossas necessidades de vacinas acaparando o trabalho extra desses científicos e o de todos os científicos dos centros públicos, quedando-se com tudo o mérito (e sobre tudo, com as patentes) trás fazer apenas um último esforço, emulando a uns “altisimos ananos em ombros de gigantes”.

O seu “livre mercado” é impor restrições a livre circulação das vacinas, criando assim “escasseza artificial”, uma atuação que, a maiores, está no cerne da aparição destas variedades.


Enlace: https://www.eldiario.es/internacional/theguardian/cientificos-detectaron-nueva-variante-merito-hay-asegurarse-no-arrepientan_129_8535652.html


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