venres, 4 de xuño de 2021

Análise rápida das novas tarifas da luz

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A decisão do governo de cambiar as tarifas elétricas, estabelecendo três horários diferentes, causou bastante balbordo. Neste momento não tenho um posicionamento claro. E para tentar esclarecer-me procurei estas páginas:

Por um lado, as que explicam a posição do governo: Numa ligação direto para a sua página (1) e nesta entrevista a Manuel García Hernández, Diretor Geral de Política Energética (2).

Por outro lado, fico com a página de Facua (3) e este artigo de La Marea (4).

1) Posicionamento do governo: Já esta explicito no título (1): “A nova fatura elétrica… estimulará o aforro energético, a eficiência, o auto-consumo e a implantação do veículo elétrico. O Diretor-geral reforça (2) também o aumento da percentagem da eletricidade sobre a energia total, atualmente num escasso 24%, mencionando às bombas de calor.

E lendo a letra pequena eu destaco estas duas afirmações:

- a) reduzir a necessidade de realização de novos investimentos nas redes de transporte e distribuição, (já que estarão menos saturadas ao se prever um aumento do consumo nas horas do vale e, portanto, diminuição no horário de ponta). Bem, é uma razão consistente.

- b) Que a fatura tenha um componente variável (consumo) maior que o fixo (energia). Bem, isso favoreceria o consumidor e a claridade da fatura, pagamos o que consumimos, favorecendo o aforro e, indiretamente, o auto-consumo, o que é interessante para a transição energética. Também parece consistente e um bom objetivo.

Manuel García Hernández critica que se descontextualizem algumas coisas (comenta com retranca o caso de passar o ferro) e esclarece que a alteração das tarifas não será a única medida, mencionando outras (como o limite aos "benefícios caídos do céu” em relação à energia hidráulica e nuclear). Bem, tem sentido.

2) Oposição às medidas: Centram a sua oposição no fato de que as novas tarifas causam transtornos, ou, diretamente, que é impossível adequar-se aos horários como pretende a normativa, com a consequente culpabilização dos que não podam. Pensando em frio, tem razão.

Mas Facua também diz duas coisas que considero importantes: “A FACUA lembra que o documento assinado em dezembro de 2019 pelo PSOE e Unidas Podemos pelo qual refletiam os seus compromissos governamentais com os cidadãos, refletia que as tarifas de eletricidade teriam um preço menor para os primeiros quilowatts-hora (kWh) de energia consumida. No entanto, em vez de estabelecer a discriminação prometida com base no consumo, o Governo decidiu definir uma discriminação horária que irá causar danos significativos a uma elevada percentagem de famílias ”.

E também menciona que "uma alto percentagem de famílias não tem vivendas com alta eficiência energética, equipas que possam ser programados para o horário em que se queiram ativar, ou máquinas que lhes permitam acumular energia pela manhã para utilizar durante o dia" "Portanto, os consumidores com menor poder aquisitivo serão os mais afetados pela mudança tarifária ”, concluem. E há uma agravio para aqueles consumidores que, devido ao seu horário de trabalho, não podem adaptar-se para aproveitar os horários das tarifas (os tele-trabalhadores são um exemplo claro).

Diante do exposto, coido que a intenção do governo não é ruim. É uma reforma necessária (não a única nem a mais importante, mas necessária) se queremos avançar para um aumento das energias renováveis, que são mais difíceis de gerir nas horas de ponta, e um aumento da eletricidade sobre a energia total (em detrimento especialmente da fóssil) e, em concreto, dos coches elétricos (e as bombas e calor, ao que parece) mas que cometeram erros mui graves. As críticas são certas.

Em conclusão:

- Entendo que a medida deveria ter sido aplicada após uma informação e um debate social que foi quase inexistente.

- E, desde logo, coido que os erros que aponta Facua são certos: penso que esta medida deveria ter sido precedida, ou pelo menos acompanhada, por um lado, da discriminação por tramos de consumo e, por outro, por programas de apoio à eficiência energética já previstos no Plano de Recuperação, Transformação e Resiliência (ilhamento de vivendas, melhores eletrodomésticos, medidas de auto-consumo, etc.)

Quanto a acabar com as portas giratórias e nacionalizar um setor-chave para o bem-estar cidadão, esta claro, evidentemente. Também há que ir a por isso.

(Em qualquer caso, para saber e mais qualificado, recomendo esta entrevista (5))


1) Pagina oficial do governo

https://www.lamoncloa.gob.es/serviciosdeprensa/notasprensa/transicion-ecologica/Paginas/2021/050521-factura_electrica.aspx

2) Entrevista a Manuel García Hernández

https://www.eldiario.es/economia/transicion-ecologica-defiende-nueva-factura-electrica-no-falta-ponerse-despertador-planchar_1_7990754.html

3) Opinião de Facua:

https://www.facua.org/es/noticia.php?Id=16830

4) Opinião de La Marea:

https://www.lamarea.com/2021/06/01/punta-llano-y-valle-o-como-seguir-haciendo-malabares-para-pagar-la-factura-luz/

5) Entrevista a Jorge Fabra:

https://www.eldiario.es/economia/jorge-fabra-economista-faltan-beneficios-caidos-cielo-quitar-precio-energia-electrica_128_7997595.html


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